sábado, 29 de outubro de 2011

Uma História para você. Parte.VI

" Quando Fecho meus olhos para o mundo, esqueço das verdades que existem nele. Tudo parece mais fácil." (Loki)

6º Parte: Ventos do Passado sopram no Deserto.

            
             Sim a noite havia chegado, e acompanhada pelo sangue.
            - Myle vamos rápido. Esse vilarejo vai ser devastado, se não fizermos nada iremos junto com ele.
            - Você está louco? O que podemos fazer contra isso? Seja lá o que for, tem um poder de destruição incrível que pensei que só a morte poderia ter.
            - Não temos escolha.
            Saíram do bar às pressas procurando de onde ecoava tanta dor. Um Senhor apareceu correndo na direção deles, mas algo incrível ocorreu, Myle descreveria aquilo como o chamado da morte.
            Uma figura apareceu em meio a uma poeira negra e ecoou uma palavra pela cidade.
            - Olhe!
            O Senhor se virou para aquele vulto e a aquela mão sombria atravessou o peito do homem, tudo ocorreu antes de terem a chance se quer de piscar, incrível.
            - Loki. Foi bom te conhecer cara, mas é o fim. Fugi da cadeia pra morrer assim, porque os Deuses me odeiam tanto?
            Loki encarava aquela cena e não se surpreendeu em nada quando o vulto se virou para ele e com um piscar de olhos estava em frente aos dois. Não dava pra se ver o que existia em meio a tanta poeira, não, aquilo não era poeira. As Areias em volta dele que haviam se transformado em areias negras.
            - Quanto tempo, você se chama Loki né?
            Myle se surpreendeu com aquilo.
            - Meu Deus. Ele fala!
            Os dois o ignoraram, aquilo era entre eles.
            - Verdade. Faz muito tempo Vladslav.
            A figura sinistra se transformou em uma forma humana que se vestia com uma camisa branca, sobretudo negro arrastando no chão com cintas, uma calça da mesma cor que ele e botas. Seu rosto parecia calmo, com longos cabelos pretos e mechas brancas causadas talvez pelos tempos, seus olhos eram castanhos claro, sua expressão faria você acreditar que poderia confiar sua vida a ele.
            - O que faz nessa parte do mundo? Está longe de casa hein.
            - Realmente estou. Mas você, acho que já sabe que não tenho mais uma casa, nada de importante naquele lugar.
            - Realmente sei. Sinto muito de verdade.
            - O que veio cobrar desse pobre lugar?
            - Vim buscar a alma da família desse bar. Aquele era o mais velho deles.
            - Entendo. Posso te pedir um favor?
            - Você sabe que não posso recusar para você companheiro. Os pesadelos e lembranças continuam a te incomodar?
            - Na verdade só as lembranças. Andei meio que desistindo de dormir.
            - Entendo. Qual é o favor?
            - Seja rápido e indolor principalmente com a jovem do balcão, ela não merece sofrer. E espere a gente sair da cidade. Não quero presenciar isso.
            - Está de noite companheiro. O Deserto é muito perigoso à noite, e as planícies depois dele são ainda piores.
            - Eu andei tanto, enfrentei tanto. Não ligo, sei me cuidar.
            - Ok! Boa jornada companheiro vai lá que eu não quero ficar muito tempo aqui.
            Loki deu as costas e foi andando em direção ao fim do Vilarejo e do deserto. Myle sem entender nada correu atrás dele.
            - Porque Loki? Você o conhece como? E porque não pediu pela alma da moça já que podia pedir um favor?
            Foi quando percebeu a Melancolia que se estendia no ar. A Tristeza de Loki era muito visível e poderia ser sentida. Era enorme.
            - Meu amigo, esse mundo é muito mais complicado do que isso. – Se virou para Myle parando por um momento seu caminho – Não poderia pedir pela alma daquela moça, porque a família está pagando pelos erros dela. Ela que é a pecadora, infelizmente ajudei no máximo que pude. Entenda Myle. Sem a morte o mundo entraria em colapso, pois se o homem não tiver o que temer, ele não se preocupara com seus erros, afinal não irá ser punido. A morte é muito importante, não posso ficar interferindo no seu papel.
            Myle baixou a cabeça, ele tinha razão.
            - Myle, se quiser fique na estalagem daqui. Eu estou me metendo em grandes problemas seguindo de noite.
            - Não, sem problemas Loki. Problemas podem ser superados
            Loki voltou a caminhar com um sorriso em seu rosto agora.
            - Realmente eles podem. Finalmente o deserto acaba e as planícies iram chegar novas para mim e para você, pensa em se separar de mim na próxima cidade?
            - É possível Loki, bem possível.
            - Então devemos sobreviver a essa última caminhada não acha companheiro?
            Myle Sorri.
            - Nós iremos.
            Estavam no fim da cidade olhando o resto de deserto que lhes faltava e seu próximo cenário a percorrer. Myle se virou para Loki.
            - E cara, bem ali no fundo é um Lobo?
            - Não sei porque?
            - É que tenho medo de Lobos sabe?
            - Haha! E do que você não tem medo Myle?
            - Olha não brinque com as fobias dos outros.
            - Ok! Myle, Ok!
            Foram seguindo pelo deserto com Myle ainda falando.
            - É sério, não brinca não. Eu tenho sérios traumas. Ei Loki! Não me ignora não caramba. Ah... Deixa pra lá que se foda. Vou morrer de qualquer jeito mesmo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Uma História para você. Parte.V


5º Parte: Dificuldades causadas por Infinita areias.



                 Loki  caminha  no deserto novamente pensando no que acontecerá naquele acampamento. Estaria novamente em sua caminhada solitária sem rumo se não fosse por um detalhe.
            - Sabe cara. Eu acho que você está caminhando para o nada.
            Loki:
            - Eu caminho sozinho e não tenho rumo, agora eu não entendo uma coisa. Eu pensei que tinha deixado bem claro que depois da prisão cada um ia para o seu lado.
            - Ah! Que isso cara. É que eu fiquei meio que perdido depois de ser capturado ainda não adquiri um novo rumo. Mas assim que eu conseguir um, você vai se ver livre de mim.
            - Será que é só isso? Ou você também ficou com medo de sair sozinho depois do cenário que encontramos naquele deserto? Afinal o acampamento foi dizimado logo ao cair da noite em pouquíssimo tempo.
            Myle sentiu um frio lhe subir a espinha quando se lembrou de como o cenário estava realmente dizimado e como seja lá quem tive-se feito aquilo não tinha piedade nenhuma, crianças, mulheres, homens, idosos, era realmente sangue frio.
            - Meu caro senhor. Você está me chamando de Covarde?
            Loki com um leve sorriso zombando de Myle:
            - Jamais rapaz, Jamais. Sei como és corajoso.
            - Haha! Engraçadinho. Olha Loki, uma cidadezinha.
            - Vilarejo.
            -Tanto faz.
            Sim, eles haviam chegado a um Vilarejo muito escondido no deserto, mas o mais impressionante e que ele estava perto do fim do deserto. Eles estavam chegando ao fim do deserto e podiam ver isso agora ao fundo da paisagem que avistavam. As areias estavam acabando e suas dificuldades mudariam.
            Ao Chegarem à cidade caminharam por ela sem nenhuma idéia do que fariam então uma placa chamou a atenção de Myle.
            - Olha lá. BAR. Minha placa preferida.
            Loki olhou pra Myle:
            - Você serve pra alguma coisa.
            Ele sorriu enquanto caminhava para o bar, ao entrarem o bar estava quase vazio, mas Loki atento a tudo logo percebeu o pianista já aparentando estar na casa dos 40 anos e dois homens que bebiam perto dele, havia belas mulheres naquele lugar aparentemente trabalhavam lá, mas pela pouca movimentação ficavam sentadas junto ao balcão. O mais importante para Loki, a mulher que servia no balcão era muito linda, cabelos longos e loiros, olhos de um azul com um belo brilho conquistador, um corpo cheio de belas curvas e um sorriso que poderia levar um homem a pular de um abismo, ela era muito perigosa.
            - Ai cara com licença que eu vou paquerar aquela gatinha ali do Balcão.
            - Ei Myle, muito cuidado com as mulheres meu amigo. Você é um cara pouco familiarizado com essas coisas e com as armadilhas da vida.
            - Que nada, o que elas podem fazer? Tirar todas nossas coisas, depois de nos iludir com um eu te amo, e nos deixar loucos para passar o resto da vida com elas, sem medo de errar ou de admitir erros – Myle começa a se alterar cada vez mais - e acreditando que poderemos superar tudo junto com elas e ser feliz só com isso apesar de qualquer dificuldade que possa vir? E depois ficamos imaginando o por quê? Porque você fez isso comigo? Por quê? Eu te amei tanto.
            - Myle? Isso já aconteceu com você?
            - Vamos cortar o assunto?
            - Ok, Myle. Ok. Vai lá companheiro e boa sorte.
            Caminharam até o balcão e Myle não dirigiu à palavra a moça em nenhum momento, mas Loki o fez:
            - Com licença, onde estamos exatamente Senhorita?
            - Vocês estão Ensand, o último ponto antes do fim do deserto.
            - Entendo. Nem da pra acreditar que o deserto tenha um fim depois de caminhar por ele durante semanas.
            - Realmente se você olhar para ele parece infinito. – ela baixa a cabeça – Mas nada é infinito, tudo um dia acaba.
            Loki se vê espantado com a reação da moça.
            - Sabe, algumas coisas são pra sempre sim, é só acreditarmos de verdade e nos agarrarmos a elas. Às vezes pode não ser para sempre para uma pessoa, mas para outra ira existir na memória sem fim.
            - Talvez você tenha razão.
            - Eu tenho. Pois tenho minhas memórias para manter na infinidade, infelizmente não são todas elas, mas algumas são bem importantes para mim isso que importa.
            - Entendo – e a moça solta seu primeiro sorriso deis que começaram a conversa.
            - Assim está bem melhor Senhorita. Uma moça linda deveria ser proibida de ficar triste sabe? Ninguém merece ficar triste assim e esconder um sorriso tão lindo.
            A Mulher fica aparentemente envergonhada, mas pergunta.
            - Desculpe me deixei levar por você e esqueci-me de perguntar, vocês vão querer alguma coisa?
            Myle se precipita.
            - Seu número.
            A mulher da uma risada sem graça e ele percebe o erro tentando corrigi-lo.
            - Que dizer eu queria o cardápio. É sim, cardápio. – Está sem graça.
            A moça sai para buscar o cardápio e Loki se vira para ele.
            - Haha! Você tem muito jeito hein galã. – com um sorriso irritante para Myle – E ai? Não ia paquerar ela?
            - Cala a boca. Eu tenho meu charme antes.
            - Claro moleque. Claro.
            A moça voltou com o cardápio e os dois escolheram um bom copo de Whisky.
            - Há Muito tempo que não bebo isso, valeu à pena chegar aqui afinal. Mas imaginava chegar sozinho, né Myle?
            - Tá me chamando de inconveniente agora? Vai fica me ofendendo?
            - Nunca Myle, nunca te ofenderia, jamais. Tenho minha educação, você pode ficar comigo ate criar coragem de voltar a viajar sozinho ou se preferir, achar seu novo rumo. Só não espere muita coisa de mim, há muito tempo que não caminho acompanhado.
            - Sem problemas engraçadinho.
            A moça depois de arrumar algumas coisas volta à conversa com eles.
            - Mas me diga Senhores, vocês caminhavam pelo deserto sem medo do assassino que caminha nas noites?
            Loki se vê interessado naquilo:
            - Como assim?
            - Nunca ouviram a lenda do Homem que fez contrato com a morte?
            - Ah sim, ouvi em uma das minhas caminhadas. – distancia o olhar.
            Myle.
            - Loki? O que houve? Parece estranho, que dizer ainda mais estranho que o normal claro.
            - Nada de importante. Só velhas lembranças como sempre, poucas, mas existentes.
            Nesse momento um barulho na cidade e gritos. Loki vira para a mulher que agora encara a janela com o medo estampado em seu rosto.
            - O que houve?
            Ela se vira para Loki:
            - A noite chegou!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Uma História para você. Parte.IV

4º Parte: Acontecimentos inevitáveis conduzidos por escolhas desejáveis.

            Logo que terminou de falar ouviu passos vindos novamente pelo corredor, provavelmente seria seus carrascos vindo buscá-lo pro grande show que seria sua execução por tributo a bandidos que achavam que agora eram donos de um pedaço do mundo, pobres e ingênuos idiotas.
            Os passos iam aumentando e nada vinha a cabeça como um plano de fuga quando chegaram a porta o companheiro de cela virou e falou:
            - Chegaram camarada, algum plano? Não queria morrer agora sabe? Se não eu não teria roubado eles. Era só continua do jeito que estava no deserto, sem nada.
            Loki virou para ele e com uma cara estampada por um sorriso irônico:
            - Vamos deixar as coisas acontecerem por si.
            Myle com uma cara de espanto:
            - Eu vou morrer meu deus com esse Louco.
            As pessoas que abriram a porta realmente pareciam ter se preparado para um funeral e talvez uma festa depois? Estavam todos de preto, mas estavam muito bem vestidos alguns até de terno, pelo jeito os roubos haviam trazido muitos benefícios de alta classe para eles.
            - Rapaz você e seu companheiro de cela aqui do lado tem uma hora marcada com a morte agora, mas que pena hein. Juro que farei bem devagar pra você ter chance de se despedir de tudo nesse mundo de merda.
            - Não diga bobagem – levanta o rosto para o carrasco e fixa bem nos olhos – o Mundo não é uma merda, a verdadeira merda são pessoas como você que o definem assim..
            Mal terminara a frase levou um soco no rosto e foi algemado ao cair então o guarda o arrastou para fora da cela pelos cabelos como se não fosse nada, foi jogado em frente à outra cela da onde sairia seu mais novo companheiro de execução. Ao abrirem a cela, Myle estava sentado olhando para a porta.
            - Está pronto rapaz?
            Com um olhar sarcástico ele encara o homem que agora fora eleito como o seu assassino e fala:
            - Na verdade não estou não, se puderem voltar daqui mais alguns dias até eu consegui ter um plano pra fugir daqui eu ficaria muito agradecido... – depois de um momento de raciocínio – Na verdade não ficaria não.
-Haha! Você tem um ótimo humor mesmo sabendo que chego ao fim da linha. Muito bom isso, vou ter muito prazer em tira esse sorriso da sua cara imunda idiota.
        Dois que estavam com ele entraram e agarraram o moleque e o levaram enquanto o homem puxava Loki pelos cabelos arrastando o até a forca. Durante o caminho ele percebeu uma passagem estranha, uma porta que parecia não ser usada há muito tempo e muito bem fechada, e um clarão iluminou sua mente com um devaneio.
            Ao voltar tomou impulso para levantar com tanta violência que escapou da mão do guarda que ao tentar segura-lo levou um chute, um dos dois que seguravam Myle logo o soltou e foi agarrar o rebelde que estava escapando quando ouviram um barulho, vindo de cima e muitos gritos. Nesse momento de distração Loki grita:
            -Myle! A chave no guarda que derrubei e o porrete pendurado na calça se mexa.
            Rapidamente o garoto correu de costas pra parede batendo com todo na parede o guarda que o segurava e quando ele perdeu as forças rapidamente se soltou e foi pegar a chave e quando ia para pegar a arma o guarda se levantou e foi pra cima dele para impedi-lo, mas levou um golpe em seu rosto apagando. Levantou para salvar o companheiro quando reparou que ele já o tinha feito.
            - Mas como assim? Você não precisou da minha ajuda com ele, então porque pediu ajuda?
            Olhando em volta atrás de algo, e com certa atenção nos barulhos no acampamento tentando entende-los:
            - Eu não pedi sua ajuda, estava apenas te ajudando a se libertar, poderia ter lidado com isso sozinho sem problemas.
            - Então por que demorou tanto?
            - O que adiantaria tentar escapar sem nenhum plano de fuga?
         Myle não conseguia acreditar naquele cara, mas o que importa? Ele iria ser salvo por esse estranho lunático, era melhor não contrariar.
            - Vamos rapaz, vou te tirar daqui e depois você continua seu caminho e eu o meu.
            Seguiram pelo correr o caminho de volta e quando estava chegando até a porta que haviam passado começaram a ouvir a agitação pelos corredores e logo acima.
            - Perceberam que estamos de saída.
            O suposto líder parecia bem zangado, mas não era hora para se importar com besteiras, chegaram à porta e Loki começou a tentar soltar as madeiras da porta e com muito trabalho soltou a primeira, enquanto isso o barulho no corredor dos bandidos chegando aumentava e Myle entrava em desespero.
            - Mas que plano incrível de fuga ir por uma porta super bloqueada que nem sabemos onde vai dar se e que vamos chegar a entrar a tempo nisso, parece que nem os bandidos usam essa porta e você a escolheu por quê? Curte teias e aranhas e a coloração do musgo? Acho atraente e parece aconchegante para um suposto lar ou esconderijo? O que diabo você está pensando? Você enlouqueceu?
            -Moleque você não tem um plano melhor que tal em vez de ficar criticando você não ajuda? Ou prefere desistir e ficar pra morrer?
            - Sabe que a conversa e o melhor meio de se convencer alguém certo? Você sabe convencer alguém.
            E foi ajudar ele, os bandidos estavam bem perto quando eles chegaram na última madeira. Mas quando eles passaram no corredor, Myle e Loki já haviam entrado e fechado a porta, e já estavam são e salvos.
            - Esse lugar é estranho mas tem marcas muito interessantes na parede, me parecem familiares. – depois de um tempo analisando Loki se vira para o Moleque – é por aqui nossa saída. – aponta um túnel escuro.
            - Como pode saber? Fala com as paredes?
        - São velhas amigas minhas sabe? – e da um leve riso enquanto segue o corredor – se duvidar pode ficar.
            - Duvidar? De uma velha amizade? Nunca!
            Os dois seguiram pelo corredor até escadas que saíram em uma das barracas perto da saída. Quando olharam perceberam o porque o barulho havia terminado. Corpos por toda a parte, algum massacre havia ocorrido. Mas apesar de Myle estar assustado olhando tudo aquilo Loki olhava para o Céu, e fala.
            - Já é noite? Estou começando a demorar em minhas fugas.
            - Cara. Você tem sérios problemas. – e então começa a rir.
            Loki com um sorriso no rosto:
            - Mas que bela noite. – e começa a rir também.
          

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Lendas e Acontecimentos do Mundo I


Homicídio ao cair da Noite:

            “Ao cair da noite o Luar no Céu acompanha a caminhada de um homem pelo mundo, dono de nada e possuidor de tudo, temido por sua lenda e por sua história. Assassino de mais pessoas do que a própria morte pode buscar possui o toque do fim.
            Todos que o encontram são destinados a partir, contratado pela própria morte, para lhe ajudar a julgar todas as almas do mundo e fazer com que elas paguem pelos seus pecados.
            Sua imagem nunca definida em meio ao escuro só se pode ver o rastro de sangue. Dizem que apenas uma pessoa sobreviveu ao seu olhar e essa pessoa nunca foi encontrada para contar história e se provar que existe piedade em seu coração ou alguma fraqueza a ser julgada.”

A Morte de um Comandante pela Lua.



Em um pequeno acampamento longe de tudo e encostada no Deserto da Turquesa um povoado estava à margem de um líder que se aproveita de tudo e todos, e no deserto achava a chance de roubar pessoas exaustas como desculpa de um tributo ao seu pedágio. Achava-se dono daquele pedaço de terra, talvez até mesmo um Deus.
- Ei Homens, estamos com sorte ultimamente tirando por aquele último que ainda irá pagar por não ter nosso tributo, estamos até nós vestindo melhor do que nunca. Podem me agradecer por salvar suas almas e as deixar ainda vivas.
Um dos homens da um passo a frente.
- Ei Morgan! – com certa raiva ou talvez ódio na voz – Nunca te falamos que era líder de alguma coisa. Você não fez nada, na verdade muitos daqui não concordam com seu jeito de ser só que possuem medo dessa sua cara cicatrizada. Eu quero que se foda. Deveríamos te expulsar aqui sangrando no deserto pra ser devorado pelos lobos.
Morgan o olha com uma cara de espanto, mas divertimento ao mesmo tempo.
- Muito bom! – Da um leve toque no ombro do homem – Você tem peito e falo toda a verdade sem medo de uma possível conseqüência. Gosto disso. – Caminha para perto de uma mesa com armas – Pessoas como você são perigosas e muito úteis quando precisamos combater algo ou sobreviver. – Após uma breve pausa – Mas não preciso combater nada e nem preciso de você – Termina lançando uma lança no peito do homem que ao bater preso a um poste de madeira atrás, deixa seu último suspiro escapar e seu sangue escorrer pela boca.
Todos em volta encaram a face do homem de peito que agora possuía um buraco nele.
- Mas alguém quer criticar meu comando?
Todos gritam.
- Não Comandante!
- Ótimo. – Vira o rosto para um trio de soldados em suas costas – Vocês ai. Vão até o calabouço buscar nossos malditos devedores e tragam para seu encontro com a morte.
- Sim senhor!
Eles seguem para o subsolo, após um tempo começam barulhos vindos da entrada, já estava ficando escuro e a Lua começava a subir no céu.
-Que diabo de barulhos são esses.
Morgan terminará a frase muitos gritos se ecoaram no deserto e um soldado muito ferido das portas veio até ele.
- Estamos recebendo a visita da morte – e morre.
- Mas como? Que merda esse soldado inútil só me fala isso? É charada agora? Isso lá é hora para charada porra? – Estava começando a se exaltar, talvez por puro medo.
Então percebe a demora dos que desceram, e aos berros.
- Mas que porra o que está acontecendo aqui, – aponta para outros quatro soldados – vocês vão pra lá ver o que houve. – agora para outros cinco – e vocês vem comigo nessa merda.
Foram caminhando em direção a entrada do acampamento, a noite estava no topo do céu quando em um simples piscar de olhos uma imagem de um homem caminhando com vestimenta escura, mas ainda brilhando com o luar se desfez perante seus olhos e apareceu bem frente ao seu rosto. Seus companheiros já haviam morrido e Morgan possuía uma faca cravada em seu peito, havia te tirado suas forças e pouco a pouco tirava sua vida.
- Mas como? Por quê?
O homem com um sorriso macabro.
- A morte não pode vir então eu vir trazer o recado. – com uma leve piscada – Seus pecados estão pagos meu amigo, aproveite bem o inferno que é pra onde vai perante meu julgamento. O lugar perfeito para você.
Os olhos de Morgan se abaixavam junto ao sangue escorrendo por sua nova cicatriz, pena que não viveria para contar vantagem sobre mais uma batalha e marca. Agora sua vista escurecia e chegou ao fim da linha.