5º Parte: Dificuldades causadas por Infinita areias.
Loki caminha no deserto novamente pensando no que acontecerá naquele acampamento. Estaria novamente em sua caminhada solitária sem rumo se não fosse por um detalhe.
-
Sabe cara. Eu acho que você está caminhando para o nada.
Loki:
-
Eu caminho sozinho e não tenho rumo, agora eu não entendo uma coisa. Eu pensei
que tinha deixado bem claro que depois da prisão cada um ia para o seu lado.
-
Ah! Que isso cara. É que eu fiquei meio que perdido depois de ser capturado
ainda não adquiri um novo rumo. Mas assim que eu conseguir um, você vai se ver
livre de mim.
-
Será que é só isso? Ou você também ficou com medo de sair sozinho depois do
cenário que encontramos naquele deserto? Afinal o acampamento foi dizimado logo
ao cair da noite em pouquíssimo tempo.
Myle
sentiu um frio lhe subir a espinha quando se lembrou de como o cenário estava
realmente dizimado e como seja lá quem tive-se feito aquilo não tinha piedade
nenhuma, crianças, mulheres, homens, idosos, era realmente sangue frio.
-
Meu caro senhor. Você está me chamando de Covarde?
Loki
com um leve sorriso zombando de Myle:
-
Jamais rapaz, Jamais. Sei como és corajoso.
-
Haha! Engraçadinho. Olha Loki, uma cidadezinha.
-
Vilarejo.
-Tanto
faz.
Sim,
eles haviam chegado a um Vilarejo muito escondido no deserto, mas o mais
impressionante e que ele estava perto do fim do deserto. Eles estavam chegando
ao fim do deserto e podiam ver isso agora ao fundo da paisagem que avistavam.
As areias estavam acabando e suas dificuldades mudariam.
Ao
Chegarem à cidade caminharam por ela sem nenhuma idéia do que fariam então uma
placa chamou a atenção de Myle.
-
Olha lá. BAR. Minha placa preferida.
Loki
olhou pra Myle:
- Você serve pra alguma coisa.
Ele
sorriu enquanto caminhava para o bar, ao entrarem o bar estava quase vazio, mas
Loki atento a tudo logo percebeu o pianista já aparentando estar na casa dos 40
anos e dois homens que bebiam perto dele, havia belas mulheres naquele lugar
aparentemente trabalhavam lá, mas pela pouca movimentação ficavam sentadas
junto ao balcão. O mais importante para Loki, a mulher que servia no balcão era
muito linda, cabelos longos e loiros, olhos de um azul com um belo brilho
conquistador, um corpo cheio de belas curvas e um sorriso que poderia levar um
homem a pular de um abismo, ela era muito perigosa.
-
Ai cara com licença que eu vou paquerar aquela gatinha ali do Balcão.
-
Ei Myle, muito cuidado com as mulheres meu amigo. Você é um cara pouco
familiarizado com essas coisas e com as armadilhas da vida.
-
Que nada, o que elas podem fazer? Tirar todas nossas coisas, depois de nos
iludir com um eu te amo, e nos deixar loucos para passar o resto da vida com
elas, sem medo de errar ou de admitir erros – Myle começa a se alterar cada vez
mais - e acreditando que poderemos superar tudo junto com elas e ser feliz só
com isso apesar de qualquer dificuldade que possa vir? E depois ficamos
imaginando o por quê? Porque você fez isso comigo? Por quê? Eu te amei tanto.
-
Myle? Isso já aconteceu com você?
-
Vamos cortar o assunto?
-
Ok, Myle. Ok. Vai lá companheiro e boa sorte.
Caminharam
até o balcão e Myle não dirigiu à palavra a moça em nenhum momento, mas Loki o
fez:
-
Com licença, onde estamos exatamente Senhorita?
-
Vocês estão Ensand, o último ponto antes do fim do deserto.
-
Entendo. Nem da pra acreditar que o deserto tenha um fim depois de caminhar por
ele durante semanas.
-
Realmente se você olhar para ele parece infinito. – ela baixa a cabeça – Mas
nada é infinito, tudo um dia acaba.
Loki
se vê espantado com a reação da moça.
-
Sabe, algumas coisas são pra sempre sim, é só acreditarmos de verdade e nos
agarrarmos a elas. Às vezes pode não ser para sempre para uma pessoa, mas para
outra ira existir na memória sem fim.
-
Talvez você tenha razão.
-
Eu tenho. Pois tenho minhas memórias para manter na infinidade, infelizmente
não são todas elas, mas algumas são bem importantes para mim isso que importa.
-
Entendo – e a moça solta seu primeiro sorriso deis que começaram a conversa.
-
Assim está bem melhor Senhorita. Uma moça linda deveria ser proibida de ficar
triste sabe? Ninguém merece ficar triste assim e esconder um sorriso tão lindo.
A
Mulher fica aparentemente envergonhada, mas pergunta.
- Desculpe
me deixei levar por você e esqueci-me de perguntar, vocês vão querer alguma
coisa?
Myle
se precipita.
-
Seu número.
A
mulher da uma risada sem graça e ele percebe o erro tentando corrigi-lo.
-
Que dizer eu queria o cardápio. É sim, cardápio. – Está sem graça.
A
moça sai para buscar o cardápio e Loki se vira para ele.
-
Haha! Você tem muito jeito hein galã. – com um sorriso irritante para Myle – E
ai? Não ia paquerar ela?
-
Cala a boca. Eu tenho meu charme antes.
-
Claro moleque. Claro.
A moça
voltou com o cardápio e os dois escolheram um bom copo de Whisky.
-
Há Muito tempo que não bebo isso, valeu à pena chegar aqui afinal. Mas
imaginava chegar sozinho, né Myle?
-
Tá me chamando de inconveniente agora? Vai fica me ofendendo?
-
Nunca Myle, nunca te ofenderia, jamais. Tenho minha educação, você pode ficar
comigo ate criar coragem de voltar a viajar sozinho ou se preferir, achar seu
novo rumo. Só não espere muita coisa de mim, há muito tempo que não caminho
acompanhado.
-
Sem problemas engraçadinho.
A
moça depois de arrumar algumas coisas volta à conversa com eles.
-
Mas me diga Senhores, vocês caminhavam pelo deserto sem medo do assassino que
caminha nas noites?
Loki
se vê interessado naquilo:
-
Como assim?
-
Nunca ouviram a lenda do Homem que fez contrato com a morte?
-
Ah sim, ouvi em uma das minhas caminhadas. – distancia o olhar.
Myle.
-
Loki? O que houve? Parece estranho, que dizer ainda mais estranho que o normal
claro.
-
Nada de importante. Só velhas lembranças como sempre, poucas, mas existentes.
Nesse
momento um barulho na cidade e gritos. Loki vira para a mulher que agora encara
a janela com o medo estampado em seu rosto.
- O
que houve?
Ela
se vira para Loki:
- A
noite chegou!
que venha a 6ª parte!
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