sábado, 3 de março de 2012

Uma História para você. Parte.XI

“O que é um problema para você, pode ser um problema para duas pessoas. O amor que duas pessoas acreditam ser eterno pode ser apenas para uma.” (Loki)

11º Parte: Imagem da Loucura

A morte caminhando no mundo sem rumo seria o fim. Tudo estava um caos provavelmente por esse motivo, afinal não havia ordem nesse mundo sem medo. O medo de morrer.
- Mas desculpe da onde você veio?
            - Ah Sim sou Vash. Muito prazer é...?
            - Loki.
            - Ah sim! Prazer. Quase que arranja um belo de um problema hein. Mas caminhando como um mendigo por uma floresta como essa provavelmente tava querendo ter uma chance de achar a morte né?
            - Com certeza que não irei achá-la. Ainda mais agora com essa noticia.
            - Nunca se sabe, ela costumava ser tão imprevisível. Sujeitinha estranha ela.
            - Não falo do que não conheço.
            Loki deu as costas e foi caminhando.
            - Ei! Vai para onde desarmado?
            Loki olha para trás parando sua caminhada por um tempo.
            - Para qualquer lugar.
            - Então vamos que eu também quero ir a esse lugar.
            E começaram a andar pela floresta, um caminho muito complicado e cheio de desafios. Atacados por várias criaturas pelo caminho. O sangue se espalhava pela floresta mostrando os dias duros em que o mundo se encontrava, e tendia a piorar quanto mais tempo quanto mais caminhavam. O mundo florido pela paz, conduzido pelo medo que controlava as ações humanas. A morte um dos maiores poderes e os Deuses os mais respeitados. Tudo estava sendo banhado pelo caos e sangue agora e nenhum lugar era seguro.
            Depois de muito tempo chegaram a uma cabana, ao entrarem encontraram três corpos totalmente deformados humanos, dois de Rubis e dois vivos que logo o encararam, mas antes de qualquer reação de Loki ou das criaturas Vash deu dois disparos tão rápidos que nem Loki esperaria presenciar e as duas criaturas estavam mortas.
            - Triste como agora temos que matar para sobreviver nesse mundo e os animais também.
            Loki pergunta para ele enquanto o via levantando uma cadeira e sentando.
            - O que fez você ser de uma classe quase que esquecida por esse mundo. Pensei que os pistoleiros já nós tivessem nos deixado há muito tempo.
            Vash sorri.
            - Família saca? – virou o olhar para janela – Meu pai era pistoleiro e me treino a vida toda para ser um.
            - Que dizer que se apegou a profissão graças a ele?
            - O que? Ta de sacanagem amigo? – deu uma risada – Odiava meu pai, era um desgraçado só treinei firme pra um dia mete uma bala na cabeça daquele filho da puta. Nunca quis seguir essa profissão idiota.
             - E conseguiu cumprir seu desejo.
            - Na verdade quase.
            - O que quer dizer?
            - Treinei por muito tempo, muito tempo mesmo. Com o desejo queimando dentro de mim de matar ele, conforme ia aprendendo todas as leis e lemas e essas coisas comecei a perceber certa beleza por trás dos pensamentos dos antigos pistoleiros.
            - Isso fez você amadurecer e desistir da vingança?
            Outra risada.
            - Nem fudendo, escolhi o dia pra meter a bala na cabeça do meu pai e quando chegou, fui ferozmente para cabana onde ele ficava já era noite. – Desvia o olhar agora triste – Mas quando entrei lá e puxei a arma achei meu pai morto em sua cama. Ele se suicidou e do seu lado havia uma carta. Essa carta era me pedindo perdão por todo sofrimento que me causou e que só fez aquilo para que eu soube-se me defender fosse o melhor e nunca poderia perder para ninguém, ninguém poderia me derrotar e por isso nunca me impediriam de seguir seja qual fosse meu sonho ou minha vontade. E pedia perdão porque toda a dor que tive era um fardo muito grande pra ele que ele já não suportava mais, então se suicidou.
            - E você o perdoou?
            - Claro que não. Ele tinha que te esperado eu meter a bala na cabeça dele, se matar antes foi muita sacanagem. Desgraçado.
            - Mas porque segue a profissão agora?
            - Tento compensa à frustração da bala que não consegui enfia na cabeça de meu pai em outros monstros. Tiros e mais tiros, mortes e mais mortes. Mas ainda não consegui esquecer aquilo continuo frustrado.
            A mente de Loki só podia pensar como aquela pessoa era estranha, pensamentos tão perturbados que parecia como ele. Mas seus ideais e lembranças tinham temas diferentes, aquele pistoleiro era muito perigoso não só por sua ótima técnica e agilidade, mas também porque era perturbado demais e poderia matar sem critério nenhum caso quisesse.
            - Bem Loki! Que tal dormirmos aqui já que os donos parecem que não ligam muito, mas afinal vão ligar pra que né? Só são carcaças, – se vira para os corpos – não são senhores? Com todo respeito eu juro que deixo bagunçado como antes depois ok?
            - Deixe-os em paz. Partiram para uma melhor.
            - Ok, ok. – vira novamente para eles. – Mas se ainda estão ouvindo mandem um recado pro meu pai ai em cima. Fala pra ele que o filho dele o manda se fude!
            Deu as costas e foi arrumar um canto para dormir, Loki já fazia isso e logo estavam acomodados e dormiriam em paz aquela noite se não fosse um barulho fora da casa. Loki percebeu logo que eram mais ou menos cinco pessoas e estavam vindo em direção a cabana, ficou quieto apenas prestando atenção provavelmente algum tipo de bando de ladrões ou assassinos. Mas seu silêncio foi interrompido por um berro.
            - Mas que porra tá acontecendo lá fora que não me deixa dormir. Quantas balas vou ter que descarregar para ter um sono decente?




Nenhum comentário:

Postar um comentário