“O que é um problema para você,
pode ser um problema para duas pessoas. O amor que duas pessoas acreditam ser eterno pode ser apenas para uma.” (Loki)
11º
Parte: Imagem da Loucura
A morte caminhando no
mundo sem rumo seria o fim. Tudo estava um caos provavelmente por esse motivo,
afinal não havia ordem nesse mundo sem medo. O medo de morrer.
- Mas desculpe da onde
você veio?
-
Ah Sim sou Vash. Muito prazer é...?
-
Loki.
-
Ah sim! Prazer. Quase que arranja um belo de um problema hein. Mas caminhando
como um mendigo por uma floresta como essa provavelmente tava querendo ter uma
chance de achar a morte né?
-
Com certeza que não irei achá-la. Ainda mais agora com essa noticia.
-
Nunca se sabe, ela costumava ser tão imprevisível. Sujeitinha estranha ela.
-
Não falo do que não conheço.
Loki
deu as costas e foi caminhando.
-
Ei! Vai para onde desarmado?
Loki
olha para trás parando sua caminhada por um tempo.
-
Para qualquer lugar.
-
Então vamos que eu também quero ir a esse lugar.
E
começaram a andar pela floresta, um caminho muito complicado e cheio de
desafios. Atacados por várias criaturas pelo caminho. O sangue se espalhava
pela floresta mostrando os dias duros em que o mundo se encontrava, e tendia a
piorar quanto mais tempo quanto mais caminhavam. O mundo florido pela paz,
conduzido pelo medo que controlava as ações humanas. A morte um dos maiores
poderes e os Deuses os mais respeitados. Tudo estava sendo banhado pelo caos e
sangue agora e nenhum lugar era seguro.
Depois
de muito tempo chegaram a uma cabana, ao entrarem encontraram três corpos
totalmente deformados humanos, dois de Rubis e dois vivos que logo o encararam,
mas antes de qualquer reação de Loki ou das criaturas Vash deu dois disparos
tão rápidos que nem Loki esperaria presenciar e as duas criaturas estavam
mortas.
-
Triste como agora temos que matar para sobreviver nesse mundo e os animais
também.
Loki
pergunta para ele enquanto o via levantando uma cadeira e sentando.
- O
que fez você ser de uma classe quase que esquecida por esse mundo. Pensei que
os pistoleiros já nós tivessem nos deixado há muito tempo.
Vash
sorri.
- Família
saca? – virou o olhar para janela – Meu pai era pistoleiro e me treino a vida
toda para ser um.
-
Que dizer que se apegou a profissão graças a ele?
- O
que? Ta de sacanagem amigo? – deu uma risada – Odiava meu pai, era um
desgraçado só treinei firme pra um dia mete uma bala na cabeça daquele filho da
puta. Nunca quis seguir essa profissão idiota.
- E conseguiu cumprir seu desejo.
-
Na verdade quase.
- O
que quer dizer?
-
Treinei por muito tempo, muito tempo mesmo. Com o desejo queimando dentro de
mim de matar ele, conforme ia aprendendo todas as leis e lemas e essas coisas
comecei a perceber certa beleza por trás dos pensamentos dos antigos
pistoleiros.
-
Isso fez você amadurecer e desistir da vingança?
Outra
risada.
-
Nem fudendo, escolhi o dia pra meter a bala na cabeça do meu pai e quando
chegou, fui ferozmente para cabana onde ele ficava já era noite. – Desvia o
olhar agora triste – Mas quando entrei lá e puxei a arma achei meu pai morto em
sua cama. Ele se suicidou e do seu lado havia uma carta. Essa carta era me
pedindo perdão por todo sofrimento que me causou e que só fez aquilo para que
eu soube-se me defender fosse o melhor e nunca poderia perder para ninguém,
ninguém poderia me derrotar e por isso nunca me impediriam de seguir seja qual
fosse meu sonho ou minha vontade. E pedia perdão porque toda a dor que tive era
um fardo muito grande pra ele que ele já não suportava mais, então se suicidou.
- E
você o perdoou?
-
Claro que não. Ele tinha que te esperado eu meter a bala na cabeça dele, se
matar antes foi muita sacanagem. Desgraçado.
-
Mas porque segue a profissão agora?
-
Tento compensa à frustração da bala que não consegui enfia na cabeça de meu pai
em outros monstros. Tiros e mais tiros, mortes e mais mortes. Mas ainda não
consegui esquecer aquilo continuo frustrado.
A
mente de Loki só podia pensar como aquela pessoa era estranha, pensamentos tão
perturbados que parecia como ele. Mas seus ideais e lembranças tinham temas
diferentes, aquele pistoleiro era muito perigoso não só por sua ótima técnica e
agilidade, mas também porque era perturbado demais e poderia matar sem critério
nenhum caso quisesse.
-
Bem Loki! Que tal dormirmos aqui já que os donos parecem que não ligam muito,
mas afinal vão ligar pra que né? Só são carcaças, – se vira para os corpos –
não são senhores? Com todo respeito eu juro que deixo bagunçado como antes
depois ok?
-
Deixe-os em paz. Partiram para uma melhor.
-
Ok, ok. – vira novamente para eles. – Mas se ainda estão ouvindo mandem um
recado pro meu pai ai em cima. Fala pra ele que o filho dele o manda se fude!
Deu
as costas e foi arrumar um canto para dormir, Loki já fazia isso e logo estavam
acomodados e dormiriam em paz aquela noite se não fosse um barulho fora da
casa. Loki percebeu logo que eram mais ou menos cinco pessoas e estavam vindo
em direção a cabana, ficou quieto apenas prestando atenção provavelmente algum
tipo de bando de ladrões ou assassinos. Mas seu silêncio foi interrompido por
um berro.
-
Mas que porra tá acontecendo lá fora que não me deixa dormir. Quantas balas vou
ter que descarregar para ter um sono decente?
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